Juçara Costa atuando no espetáculo “Júlia e a memória do futuro”, criado a partir de laboratórios com o autor e diretor Jair Raso
Juçara Costa é considerada uma baluarte da cultura mineira, devido ao fato de transitar em diversos segmentos da arte, possuindo uma brava trajetória de cinquenta anos de participação no movimento artístico da cidade. Recentemente, com a pandemia, a artista se isola e direciona um novo caminho para sua arte, adaptando seu método DB para o formato on line, com aulas a partir do dia 30 de julho. 
 
Juçara, que se define como artista sem rótulos e defende sem medo sua liberdade de expressão em todos os sentidos e segmentos de sua vida, comentou sobre sua trajetória na quarentena: 
 
“Neste momento, considero muito importante podermos contar com a companhia da arte, ao fazer uma mandala, um bordado ou outra atividade que proporcione mais prazer e ocasione tranquilidade. A arte esteve comigo em momentos difíceis e, através dela, superei obstáculos e desafios”.
 
“O DB, por exemplo, baseado em desenhos bordados, criado a partir das minhas próprias experiências, utiliza a trama como ferramenta. Desenvolvo este método há quatro anos e a procura por esta atividade está maior na pandemia, visto que as pessoas estão começando a sentir a necessidade de buscar algo que aguce sua criatividade porque precisamos reinventar”. 
 
“O fator positivo que restará dessa transmutação mundial que estamos vivenciando será a criatividade, ou seja, a capacidade de resolvermos problemas. A precisão de bordar possui o dom de despertar e resgatar nossos próprios pontos, porém sem a exigência de regras rígidas. O curso DB é pautado em vivência pura, dessa forma, convidamos as pessoas para fazerem o próprio aprendizado. O bordado propicia uma forma de expressar sentimentos como mágoas, medos, inseguranças, trazendo o mundo dos sentidos para o concreto, sendo aterrados em forma de beleza e arte”.
 
“Não existe somente um lado ruim, pois até na pandemia estamos vislumbrando a manifestação das pessoas, a solidariedade e criatividade, sendo que muitos estão renovando a sua forma de trabalhar. A natureza agradece, pois nos mostrou que ela não precisa de nós e sim o contrário, considerando os abusos que temos ocasionado ao meio ambiente, ao outro e até a si mesmo”. 
 
“A pandemia, que ocasionou o confinamento, salientou a tristeza que estava nos regendo e não é por acaso que essa doença está se manifestando mais no pulmão, órgão do desalento na leitura corporal e representa o sentimento sufocado. O mundo está sempre se manifestando e mostrou que o corona veio exibir a melancolia que plantamos nesse planeta, sendo que a arte acolhe, filtra, tira o que nos serve e nos devolve em forma de prazer, harmonia, beleza e talento”, finalizou Juçara Costa.

Por Luiza Miranda – Escritora e colunista. 

Matéria publicada em 09 de julho de 2020, no Blog Etiquetagem: https://bit.ly/3hmR5YY
Para saber mais sobre a artista, favor clicar nos links:
Instagram: @jucaracosta_artista
E-mail: jucarapessoal@gmail.com
Atelier: (31) 992971463 
 
Fotos: Veronica Manevy, Marcelo Sant’Anna, Lidia Sucasas, Kalluh Araújo e Duda Drummond
Juçara em seu atelier adornado pela arte.
DB - desenhos bordados, uma proposta de desenvolvimento da criatividade, arte e espiritualidade através do bordado.
Máscara bordada por Juçara Costa
Kaftã by Juçara Costa
Acessórios by Juçara Costa
Juçara no Salão Jovem do Minas Tênis Club, nos anos 70, quando lançada por Palhano Júnior, produtor cultural.
Com o diretor, roteirista e ator Kalluh Araújo
Com o artista plástico e fotógrafo Miguel Gontijo
Juçara no lançamento do seu livro “O Outro Sou Eu” com Jair Raso, diretor e autor de "Júlia e a memória do futuro".
Leitura da comédia "A morte e a moda" com Juçara e Matilde Biachi no Consulado Italiano
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