A ceramista Cornélia Gunther promove cursos focados no despertar artístico

Natural de Dusseldorf, Alemanha, Cornélia Gunther, que se encantou pela arte na infância, reside no Brasil desde 1963. Formada em psicologia pela PUC Minas, participou de curso livre de cerâmica na Escola Guignard, ministrado pela renomada ceramista mineira Nicia Braga.

Posteriormente, foi convidada por Juliana Gontijo Aun, psicóloga e ceramista, para trabalhar em seu Ateliê Pirambeira, no Condomínio Estância Serrana, Nova Lima/MG. As grandes amigas produziram peças artísticas e utilitárias de cerâmica, realizando queimas de alta e baixa temperatura. A artista utiliza técnicas de modelagem ao criar peças utilitárias, mas também decorativas como placas, animais e legumes bem coloridos, sua grande paixão.

Neste ambiente, cercado pela arte e natureza, criou seu estilo próprio, ministrou aulas junto com mãe de Juliana Gontijo Aun, a pintora, ceramista e grande escultora, Leda Selmidei Gontijo. Desenvolveu um trabalho focado no despertar artístico de mulheres, proporcionando transformações às mesmas, visto que deixaram de encarar a cerâmica como um hobby e comercializaram suas peças.

Com o falecimento de Juliana, Cornélia permaneceu tocando o atelier, onde atua há 25 anos, preservando a memória da amiga. E, atualmente, recebe nesse espaço alunas que almejam o aprimoramento das suas habilidades, assim como mulheres que visam desenvolver seus talentos de forma livre e criativa.

Cornélia Gunther considerou: “Desde os primórdios diversos tipos de arte foram fundamentais no registro das culturas de sua época e, dessa forma, proporcionaram conhecimentos da história da humanidade. O processo criativo é árduo e gera incertezas, mas quando se consegue realizar um projeto que vai ao encontro do que apreciamos, se torna extremamente prazeroso”.

“Minha prioridade, no momento, são as aulas, pois o encontro, a troca de experiências de vida, aquisição de conhecimentos e os afetos representam o verdadeiro espírito da arte para mim’”, concluiu Cornélia Gunther.

Por Luiza Miranda – Escritora e colunista