O escritor e pintor Oscar Araripe promove a belíssima exposição individual “Flores para Inimá”, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte, MG. A curadoria da mostra, que coube à Fundação Oscar Araripe, apresenta 52 telas recentes do artista e o período de visitação será de três meses.

O artista, consagrado internacionalmente, participou de inúmeras exposições, na maioria individuais, no Rio, em Minas, na Bahia, em Brasília, no Ceará, em São Paulo. Expôs também nos Estados Unidos, China, França, Espanha, Eslovênia, Grécia, Cuba, México e Reino Unido. E retratou três heróis brasileiros: Tiradentes, Bárbara de Alencar e Tristão Araripe, cujas obras se encontram em entidades brasileiras renomadas.

Segundo Oscar Araripe essa exposição é de suma importância sob muitos aspectos.

“Primeiramente, presto uma singela homenagem ao Inimá, que foi um amigo muito querido, sendo que expusemos juntos nos anos oitenta, em Ouro Preto. Aceitei prontamente o gentil convite do museu, que é dotado de uma beleza extraordinária. Mas devido à suntuosidade do ambiente, a criação da exposição não é fácil, porque é necessário muitas pinturas e de vários tamanhos para preencher todo o espaço. O museu é um ícone na história de Belo Horizonte e, como um mineiro por adoção, sendo reconhecido como cidadão honorário pela Assembleia Legislativa, me sinto honrado em inaugurar a mostra em Minas Gerais.”

“As flores, considerando o que está intrínseco na simplicidade da temática e nesse jogo com a beleza, são profundamente subversivas, principalmente na nossa época, visto que muitas estão em extinção ou industrializadas. Na história humana as flores estão ligadas à invenção da sedução e, consequentemente do amor, ou seja, são a razão da nossa existência.”

“Apresento a vida na forma mais pungente e ao mesmo tempo mais subversiva, mas com alegria e beleza, sem panfleto nenhum, mas ao mesmo tempo aguerrida. No fundo no fundo, falando em termos de pintura, estou começando a acreditar que eu não pinto flores, e sim o silêncio. Então, essa ideia de quietude que grita é muito poderosa e acredito que é a minha contribuição”, ressaltou Oscar Araripe.

Jacques Levy, economista, colecionador e marchand, considerou: “Após a aposentadoria desenvolvi inúmeras atividades ligadas às artes, tive uma galeria, possuo os hobbies de filatelia, numismática e outros. E o que estou observando na exposição do Oscar é um trabalho vivamente agradável, que alegra os corações e inspira positividade, ainda mais após vivenciarmos a pandemia. Então, amo suas telas, pois acho que é uma invenção ímpar na retratação desse conteúdo, em toda história da pintura”.

Mauro Tunes, vice-presidente do Museu Inimá de Paula, comentou: “Tive a oportunidade de conhecer o Oscar recentemente e achei a mostra lindíssima, sendo que tem tudo a ver com o momento do museu. É gratificante trazer um artista que conviveu com Inimá de Paula e que presta homenagem ao mesmo nesse evento. Vale a pena visitar, pois a ideia de flores para Inimá é sensacional. As telas muito coloridas aliadas à iluminação originou um ambiente de muita energia. Parabéns ao Oscar, que apresenta muito vigor, e parece um menino expondo flores para Inimá”.

Agradecimentos: Celina Laterza (Flores e Muito Mais), Equipe Museu Inimá de Paula, Eduardo Maneira, Rosara Maneira ( Maneira Advocacia), Azevedo Sette advogados, Guilherme Henriques advogados, Hugo Porto Advogados, Coelho e Morello advogados, Confraria Filmes, Gustavo Tepedino, Carlos Perktold.

Por Luiza Miranda – Escritora e colunista.