A trajetória de 50 anos de DEMOGOLET: entre Arquitetura e Artes Plásticas

DEMOGOLET – Décio Moreno Gomes Leite, arquiteto e artista plástico, natural de Lavras, MG, graduou-se em Arquitetura e Urbanismo na UFMG em 1979. Em 1978 frequentou um Curso livre de Desenho e Pintura na Escola Guignard, no Palácio das Artes, em BH.

Dotado de talento nato, no “primário e ginasial” utilizava seus cadernos escolares para extravasar sua criatividade. Na década de 70, estimulado por um artista, amigo de adolescência, inscreveu três trabalhos no 2º Salão Global de Inverno (1974), foi classificado e deu iniciou à sua carreira artística.

Participou dos Salões Globais de Inverno, Salões Nacionais de Arte da Prefeitura de Belo Horizonte no Museu de Arte Moderna, Salão Nello Nuno, Salão Junino etc. Foi premiado no Concurso Global de Monografias e Trabalhos Gráficos e na Mostra de Arte Universitária de Juiz de Fora. Selecionado no IX Salão de Arte de Itabirito na categoria – escultura. Realizou exposições individuais no Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – BH), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Concessionaria Recreio – Volkswagen- BH, no Restaurante Casa dos Contos – BH e participou de inúmeras coletivas em BH.

Segundo Demogolet, sua trajetória nas artes aconteceu paralela à de arquitetura, mas devido às exigências da profissão, restava pouco tempo para se dedicar aos seus afazeres artísticos. Mesmo assim prosseguiu nos dois campos, aposentou como arquiteto e passou a se dedicar exclusivamente às artes plásticas.

“As minhas criações são inspiradas na natureza e na música, principalmente nas canções de compositores mineiros ligados ao Clube da Esquina, que admiro profundamente e são grandes referência pra mim. Me influenciam também fatos que ocorrem na sociedade, no país, na minha família e com pessoas que se relacionam comigo”.

“Atualmente, minhas obras são elaboradas com acrílica sob tela, embora tenha utilizado várias técnicas como nanquim, guache, aquarela e tinta a óleo, que abandonei devido ao cheiro muito forte que exala. Cada trabalho que fazia empregava uma determinada técnica em função do resultado que almejava alcançar. Quanto ao meu estilo artístico prefiro deixar para o observador determinar, visto que na minha trajetória criei diversificados trabalhos com características diferenciadas. Atualmente, acredito que eu esteja mais voltado para um estilo mais expressionista”.

“Recentemente, (26/06/24), inaugurei a exposição individual “Virando a mesa, a minha”, com 12 telas inéditas, de grande formato, no Restaurante Casa dos Contos, na Savassi em BH, com a curadoria da artista e professora de artes Fátima Mirandda, que me exigiu bastante trabalho de fevereiro deste ano até junho. No momento, estou focado em trabalhar para uma coletiva temática a se realizar em breve”

“A arte na minha vida é uma âncora. É o meu sustento espiritual, me proporciona tranquilidade e, por meio dela me expresso com alegria e satisfação pessoal. Costumo dizer que a arte me salva todos os dias. Tenho sempre uma tela no cavalete e, dessa forma, quando surge um perrengue qualquer, esta obra que está me aguardando me guia como uma bússola”, finalizou DEMOGOLET.

Por Luiza Miranda – Escritora e colunista.