Entre pincéis e palavras: a caminhada artística e literária de Lêini Coelho Veloso

Lêini Coelho Veloso possui uma longa trajetória permeada pela literatura e artes, que inclui peças elaboradas com diversos materiais, assim como técnicas diferenciadas, originando trabalhos repletos de originalidade.

Natural de Belo Horizonte, estudou no Colégio Municipal, quando muito nova recebeu a tarefa de escrever um diário e, depois desse fato, notou que adquiriu mais facilidade nas redações, surgindo o interesse pela literatura.

Graduou em Letras, na UFMG, em 1971, pois na época não existia o curso de artes plásticas, que almejava fazer, pois sempre gostou de desenhar e pintar. Mas participou de muitos cursos de artes, obteve o diploma de educação artística, trabalhou como professora dessa disciplina, de português e literatura.

Ao mesmo tempo pintou cerâmicas, fez quadros em madeira, trabalhou com couro e montou uma pequena fábrica de cintos e bolsas. Porém, ao aposentar como professora, aproveitou os materiais que utilizava para criar outros objetos de arte.

Quando morava em Vitória frequentou um grupo de literatura, participou de um concurso, foi premiada em primeiro lugar com o poema “Taj Mahal” e com o conto “Memória verde da família”, no Minas Tênis Clube de BH. Essas ações abriram novos caminhos literários para a escritora que, juntamente com seis escritores, publicaram o livro “No Canto do Olho”.

Segundo Lêini, sua inspiração se baseia na literatura, música e cultura em geral, indo ao encontro da liberdade de fazer ao absorver todas essas manifestações da arte.

“Adquiri minhas técnicas nos cursos de pintura e no estilo fiorentino criei casarios no cobre e na madeira, utilizando também pirógrafo, com acabamentos em pintura. E minhas atividades no momento estão mais concentradas no bordado, pintura em tecido e colagens na madeira, mas atuo também com restauração, que considero uma outra arte”.

“A importância da arte na minha vida é de uma dimensão extraordinária, pois faz parte no meu dia a dia. Mesmo em viagens, a introduzo nos meus movimentos, nos meus passeios e nas minhas ideias. Então a arte é um alimento para a minha alma, para o meu coração e para a minha saúde”, concluiu Lêini Veloso.

Por Luiza Miranda – Escritora e colunista.