Instalação da obra “A Banhista” do escultor Marco Aurélio R. Guimarães no Palácio da Liberdade

A inauguração oficial da obra “A Banhista”, de autoria do escultor Marco Aurélio R. Guimarães, convidado pelo curador da entidade, Rodrigo Câmara para adornar com a peça os jardins do Palácio da Liberdade, acontece dia 17 de maio e receberá visitação gratuita.

A escultura ficará permanentemente nos jardins do palácio e será instalada de forma a ficar flutuando sobre a lâmina d’água de uma fonte. A obra, em tamanho natural, retrata uma figura feminina repousando semi-imersa na água com o olhar perdido em pensamentos. A técnica utilizada é a de “cold cast bronze”, composta por pátina química à quente.

Marco Aurélio R. Guimarães, que ingressou na arte após aposentar-se como engenheiro, frequentou a Escola de Escultura Arte Minas, em Belo Horizonte e o curso do professor Cícero d’Ávila, em São Paulo. Dotado de intensa veia criativa, desenvolve obras originais em tamanhos variados, que apresentam dimensões monumentais de até três metros de altura.

Utiliza materiais como mármore, esteatito, madeira, marfim, bronze, além de produzir joias em ourivesaria, miniaturização, entalhes em conchas marinhas e materiais alternativos. Utiliza também técnica própria em madeira contra-chapada em trabalhos com formas abstratas.

O artista publicou artigos em inglês, nas revistas “Wood News”, na “Ver Art”, “Rochas” etc, sobre suas técnicas de trabalho. Participou de exposições individuais na Casa Fiat de Cultura, na Sala Minas Gerais, no Salão de Belas Artes do Museu de Piracicaba, além de mostra no Museu Mineiro e outras.  Recebeu o prêmio máximo de “Medalha de Ouro” e distinções nos melhores salões de arte do país, além de ministrar cursos de escultura gratuitos para grupos de alunos.

Marco Aurélio teceu comentários sobre “A Banhista”: “Pretendi fazer, a partir de uma modelo vivo, uma escultura em tamanho natural, que retratasse uma figura feminina nua se banhando, mas que não apresentasse um apelo demasiadamente sensual. Dessa forma, decidi mergulhá-la parcialmente abaixo do lençol d’água deixando expostos apenas seu colo e seios. A sua postura remete a uma mulher que, imersa na água, olha para o infinito transportando seus pensamentos a fatos longínquos do passado.”

Por Luiza Miranda – Escritora, colunista e produtora cultural.