O artista visual Âmar Souki possui formação acadêmica em filosofia, mas atualmente é pós graduando em fotografia contemporânea e História da Arte, visto acreditar que o artista em constante mutação, necessita de atualização.
Natural de Divinópolis no interior de Minas Gerais, sempre manteve contato com a natureza, sendo que ao lado de sua mãe artista, cresceu em ambiente cercado pela arte, telas, pinceis e tintas. Mas apesar disso, estudou engenharia e se tornou empresário, atividade que exerceu de maneira vitoriosa até dez anos atrás, quando assumiu trilhar o caminho das artes.
Participou de exposições em várias galerias e, atualmente, participará com duas obras da série Amarelo Chão, na mostra Modernos Eternos 2021, que comporão dois ambientes distintos.
Segundo Âmar Souki, que muito cedo tomou gosto pela leitura e artes, sonhava em viajar o mundo e conhecer museus. “Quando adulto optei por ser empresário, profissão que amava e me proporcionou muitas oportunidades. Neste período tive a oportunidade de viajar por muitos países e conhecer diversas obras de arte nos museus. Também estudei muito sobre a história da arte e história da humanidade”.
“Há 10 anos atrás resolvi mudar meu destino, ciente que havia exercido a minha profissão de empresário e cumprido esse papel com sucesso. Dessa forma, adentrei para o mundo das artes e das ciências humanas. Cursei faculdade de Filosofia e, com objetivo de crescimento artístico, estudo fotografia e comecei a pintar aquarela”.
“Minha inspiração vai de encontro ao que me sensibiliza, a partir do meu olhar ou o meu desolhar, mas o artista cubista, Pablo Picasso, foi sempre inspirador para mim. Isso me influenciou para tomar a decisão de mudar para Barcelona, na Espanha, onde ingressei na Universidade de Barcelona para fazer um mestrado em Arte contemporânea que, infelizmente, foi interrompido devido à Pandemia. Voltando para o Brasil aproveitei para cursar uma Pós graduação, na PUC Minas, em Fotografia contemporânea, que está em andamento”.
“Durante a pandemia elaborei um livro de fotografias do sertão baiano, composto por textos de Euclides da Cunha, que se chama “Amarelo Chão”, editado pela editora Origem de São Paulo, em português e em Espanhol, visto que pretendo lançar em Barcelona, assim que puder voltar em segurança”.
“Meu trabalho artístico sempre foi diversificado, mas atualmente abrange sobretudo a construção de imagens, no sentido de contemplar a arte contemporânea. Como meu foco era fotografia, necessitei avançar no sentido de me voltar para um trabalho artístico que hoje contempla o híbrido mesclado à tecnologia, fotografia, desenho aquarela, tinta acrílica e às vezes colagem, depende do processo criativo do momento”.
“A arte pode ser vista como um espaço onde os homens, sejam artistas ou observadores, tem a chance de viver seus sentimentos, alegrias e esperanças. E, eventualmente, a oportunidade de superar as adversidades da vida, fazendo a mediação entre os conflitos inerentes aos seres humanos, percorrendo assim o caminho para sustentar as contradições existentes na condição humana e então perceber o mundo nessa luta eterna de dificuldades, sabendo que a vida é suportável”, concluiu Âmar Souki.
Por Luiza Miranda – Escritora e colunista.
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