Fátima Aquino, mineira, natural de Mirabela, adotou a cidade de Montes Claros, onde viveu parte da sua história de vida, mas reside em Belo Horizonte há mais de vinte anos. No momento, instalou seu atelier num sítio em agradável condomínio nas adjacências da Grande BH, onde cria projetos e obras, tanto para as exposições coletivas ou individuais.
 
Pós-graduada em Letras, Literatura e Língua Francesa, participou de estudos artísticos realizados na Escola Guignard e na Fundação Clóvis Salgado, além de cursos nas áreas de gestão pública e de ocupação de espaços públicos. Participou de mais de sessenta exposições, entre coletivas e individuais, com passagem por diversas cidades do país. Realizou a curadoria de exposições no Parque Ecológico da Pampulha e em Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura, visando a divulgação de artistas mineiros. 
 
A primeira Exposição aconteceu no ano de 2002, em Montes Claros, mas no cômputo de inúmeras exposições, o destaque sempre foi sua atuação nos Centros Culturais. Sua arte percorreu a Galeria do Banco Central, Casa de Cultura de Betim, Plenário da Câmara Municipal de Esmeraldas, Centro Cultural Brasil Estados Unidos, entre outros. 
 
Segundo Fátima, “a preferência pelos Centros Culturais da periferia de Belo Horizonte se pauta na ideia de que a arte é universal, democrática e direito de todos, mas nem sempre de livre acesso aos que são desprovidos desse bem cultural, tão importante para a inclusão social. Daí, a necessidade das exposições terem essa “pegada social”, considerando que a arte é a completude do ser, portanto um direito de todos indistintamente”.
 
“Há alguns anos passei a promover novos artistas, que talvez não participaram de uma exposição, sendo uma enorme contribuição para o crescimento dos mesmos no mundo das artes. A maioria das mostras aconteceu de forma gratuita com um serviço organizado e respeitoso ao trabalho do artista. O meu trabalho sempre teve foco no aspecto social, seja nas próprias exposições ou como organizadora”. 
 
“Minha inspiração, que abrange o espiritual, é influenciada pela observação e beleza da vida. A combinação das cores é algo surpreendente e é fonte inspiradora. Todos os materiais acessíveis encontrados no ambiente torna-se um pretexto para dar novo significado ao “fazer” arte, visto que esse universo fornece possibilidades variadas. Utilizo tinta acrílica, esmalte e spray, que aliás é formidável para produção de obras”. 
 
“O termo artista plástico não se aplica a mim atualmente e a expressão artista visual é mais adequada, pois trabalho nos vários segmentos das artes. Tenho gosto pela abstração, influenciada por Wassily Wassilyevich Kandinsky – artista russo e pai do abstracionismo, que constitui um marcador no estilo de minhas obras. Penso que arte deve ser livre, mas atualmente me aproximei da acadêmica, porém como a digital é tendência, procuro estudar mais para conhecer e aperfeiçoar”.
 
“No momento, participo de exposições virtuais com organização e montagem das mesmas, sendo que a Exposição Virtual “Congado: repercussões plásticas”, contou com vários artistas mineiros. O tema rendeu muitos frutos e grande aceitação, com transmissão online nos sites www.agostovivo.com.br e www.secult.mg.org.br. A Exposição Virtual “As Congadas de Minas Gerais”, aconteceu em janeiro de 2021, com transmissão no site do Metrô de São Paulo, https://bit.ly/3dYfjoO, que mantém a mostra no seu acervo”.
 
“Ressalto que a exposição “As Congadas de Minas Gerais”, foi bacana por unir as artes plásticas ao tema do Congado mineiro, enfim resultou também em documentário, daí o sucesso da Exposição. Além do título da Exposição ser referência à obra de Jeremias Brasileiro”. 
 
“Foi excelente trabalhar com o tema “Congado”, importante manifestação cultural afro-brasileira, pois até o momento, era impensável produzir interessante coletiva. O resultado fantástico se deve ao fato de que, a partir de um mesmo tema, surgirem obras diferenciadas entre si. O congado engloba variantes de acordo com cada região e os artistas souberam imprimir em suas obras, com muito talento, as características da sua terra”, considerou Fátima Aquino. 
Por Luiza Miranda – Escritora e colunista.
Matéria publicada em 11 de abril de 2021, no Blog Etiquetagem: https://bit.ly/3uIwD8L
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O jardim de Eva - fotografia digitalizada
Instagram: @fatimaquinoartes
Youtube: Fátima Aquino
Fotos: Arquivo pessoal da artista.
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