O escritor Henrique German é merecedor de muitos aplausos, tanto pela brilhante carreira profissional, quanto pelo desempenho em suas produções literárias. Nesta matéria, o autor aborda sobre as infinitas possibilidades inerentes à criatividade, também pautadas na inclusão social das pessoas com deficiência.
E, nesse momento complexo da pandemia, ele presenteia o público com dois livros, lançados virtualmente, por meio de Live, no dia 24 de agosto, às 19h, no Instagram da Páginas Editora.
O Advogado Henrique German possui uma extensa trajetória como Promotor de Justiça, por quase três décadas, no Ministério Público de Minas Gerais. Dedica-se às artes literárias, desde 2019, tendo lançado, no início de 2020, o livro “Arquipélago”, inaugurando sua inserção no segmento da literatura. Os títulos dos novos livros são “Pipa, um Cara Especial” e “Maravento”, todos editados pela Páginas Editora e ilustrados pela artista plástica Mariana Tavares.
Henrique German apresenta suas recentes obras literárias:
“A minha primeira produção de estória infantil é uma fábula, denominada “Pipa, um Cara Especial”, na qual eu falo um pouquinho desse passarinho. Esta ave possui um defeitozinho físico, o biquinho torto, causando para ele, inicialmente, uma série de problemas, preocupações e desencontros. Mas de acordo com a evolução da narrativa, de sua conversa com o pai, por exemplo, ele começa a ter um uma percepção diferente a respeito daquele seu probleminha”.
“Na verdade, concretamente, verifica que não se trata de um defeito, mas de algo que lhe possibilita uma série de realizações muito interessantes, capazes de gerarem o apreço dos outros, fazendo com que o Pipa se encha de um saudável orgulho e sentimento de autoestima”.
“O objetivo da estorinha é trabalhar mesmo a temática da inclusão, do diferente, daquele que sofre com alguma limitação física, que tem alguma doença ou algum dito defeito físico. A estorinha revela que, na verdade, aquele com a deficiência tem o seu valor, o seu talento e pode ver-se de uma maneira melhor, mais saudável, alegre, feliz e realizada”.
“O livro “Maravento”, inclusive, escrevi-o, em parte, durante a pandemia, nos meses de confinamento. A reclusão acabou me permitindo um tempo maior para produzir. A obra contém vinte e dois contos, selecionados por mim, pela editora e pela maior crítica, que é a minha mulher, Maria Inês. Esses contos falam muito da alma humana, dos seus aspectos sentimentais e afetivos, resvalando mesmo no lado mais sombrio”.
“Sinceramente, creio que agradarão aos leitores, pois temos contos para todos os gostos. Mas é uma leitura adulta, permeada de densidade, retrata diferentes situações que a vida apresenta e não se trata de uma diversão vazia ou textos muito levinhos”.
“Eu queria dar uma palavrinha a respeito da criação durante a pandemia, os medos e as incertezas causados por ela, no sentido de que nada disso poderia impedir, sobretudo, a criação artística, especialmente, no meu caso, a produção literária. A quarentena não poderia nos fazer fechar os computadores, as máquinas, as penas, os papeis, as folhas, os arquivos digitais, o que fosse, onde quer que escrevêssemos. Isso eu achei que não podia ser e não quis me render ao mau sentimento oriundo desses tempos”.
“A arte liberta, deixa-nos voar livremente por toda parte, dessa forma, foi com esse sentimento que continuei a escrever cada vez mais durante o período que estamos vivenciando. Mas vamos suplantar tudo isso, com a graça de Deus, em primeiro lugar, e com a ajuda e a força da arte. Vamos superar também com o trabalho das mãos de todos os artistas, que, tenho certeza, estão produzindo muita coisa legal nessa temporada”, finalizou Henrique German.
Por Luiza Miranda – Escritora e colunista.
Matéria publicada em 23 de agosto de 2020, no Blog Etiquetagem: https://bit.ly/3w34s4E
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Fotos: Anna Castelo Branco
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