Com muito prazer, apresento a trajetória da artista plástica Ana Maria Guimarães, que aborda nesta matéria sobre sua vida, aprendizados durante a fase de isolamento e uma emocionante história.

Ana Maria participou de inúmeras exposições e coleciona vários prêmios em sua carreira artística. Cria obras em cores vibrantes, agradáveis ao olhar do observador, por meio de pinceladas harmoniosas, inteligentes e de encantamento excepcional, revelando-nos a força do seu empoderamento.

Considero Ana Maria Guimarães uma guerreira, pois desde a juventude, residindo no interior de Minas Gerais, na cidade de Corinto, sonhava em alçar voos para terras distantes em busca de mais conhecimentos. E, aos 21 anos de idade, após concluir o “curso Normal”, para professores, rumou para Brasília, em busca desse sonho, trilhando essa nova estrada por conta própria.

Logo que aportou na Capital Federal, vislumbrou um trabalho diferenciado na FUNAI – Fundação Nacional do Índio, como “Sertano-Indigenista”, e durante quatro anos, percorreu várias tribos indígenas, levando conhecimentos sem aculturá-los. Ana Maria foi beber na fonte e tem alma aventureira – já revela traços de uma artista.

Aos 25 anos, retorna a Brasília, e aventura-se em busca de um emprego. Consegue ser contratada pelo SESI – Serviço Social da Indústria, como Auxiliar de Serviços Sociais e presta vestibular para Matemática. Faz dessa matéria sua Formação Acadêmica. Após conclusão da Faculdade realizou concurso para lecionar Matemática e Física em uma escola do Governo do Distrito Federal. No mesmo ano realizou outro concurso para o Banco Central do Brasil, tomando posse nas duas Instituições, pois o cargo de professor é o único que não acumula com nenhuma outra função.

Nesta fase realiza parte dos sonhos – adquire sua casa própria – mas as aspirações não terminam aí. Ainda há uma estrada a trilhar! Voltou para a Faculdade a fim de fazer Pós – graduação em Matemática, e em seguida para melhor servir ao Banco Central, Pós – graduação em Contabilidade. Aposenta-se em 1997, alguns dias antes de completar 51 anos de idade, fechando assim, um ciclo de sua vida.

Após aposentar-se, passa por um problema de saúde que a fez vivenciar uma experiência “quase – morte”. Partiu em busca de terapias – encontrou “sincronicidade” com uma terapeuta norte-americana – que a convidou para uma parceria de trabalho. Muda de Terapeuta e vai trabalhar com a Dra. Susan Bello, Doutora – PhD em Terapia Expressiva e Psicologia da Arte, do Union Institute, Cincinnati, Ohio, criadora do Método I.am.I de Pintura Espontânea.

Adentrou-se pelo caminho das artes, em 2000. Trabalhou, implantando o 1º Curso de Pós – Graduação em Pintura Espontânea, dentro da Universidade Internacional da Paz – UNIPAZ, em Brasília/DF, do qual foi uma das alunas. Após o término dessa graduação, sentiu necessidade de aprofundar a caminhada e partiu para uma outra Pós – Graduação em Terapia Transpessoal. Tornou-se Arteterapeuta e Terapeuta Transpessoal. Muda para Belo Horizonte em 2009, a pedido de sua mãe, e foram 10 anos de bom convívio.

“Em (14/05/2019), iniciava-se o período mais feliz da minha existência, embora eu não tivesse um mínimo de conhecimento. Nesta data, no ano passado, eu fui almoçar no Restaurante do Porto, na Sagrada Família. Eu jamais poderia imaginar que esse almoço traria mudanças significativas em minha vida!Um ano se passou!Hoje (14/05/2020), eu gostaria de repetir a dose do ano passado, no mesmo restaurante, nas mesmas condições, mas infelizmente, esse corona vírus atravessou o meu caminho! Confesso que foi providencial esse vírus surgir na minha estrada! Com sua chegada fomos obrigados a nos isolarmos, principalmente, eu, que sou da área de risco.Um mês, dois meses se passaram. No primeiro mês me senti bastante ansiosa. Percebi que não nasci para ficar trancada. Tenho personalidade extrovertida! E para que eu pudesse me aquietar sem que entrasse em depressão, já que resido sozinha, teria que me ocupar todas as horas do dia, a fim de me tornar exausta e conseguir dormir à noite. Então, dediquei-me às tarefas de uma casa, para espantar o danado do vírus, e mesmo assim, ainda sobrava tempo. Dei início a um trabalho artesanal. Precisava ocupar a mente e as mãos nervosas. Não sentia vontade de pintar, mesmo sendo o meu “hobby” preferido. Não tinha insight. A tristeza tomou conta da minha pessoa! Senti que precisava me reinventar, senão enlouqueceria! Eu queria voar, precisava sair de dentro das quatro paredes. O que fazer? Como me libertar? Coloquei-me em meditação! A resposta veio através dos sonhos. Sonhei durante várias noites de que eu falava com pessoas do mundo inteiro. Achei a saída! Sou Terapeuta Transpessoal! Coloquei-me a serviço do Universo. Não demorou muito tempo e comecei a receber ligações de diversas partes do país e do exterior. Mas, mesmo assim, senti que faltava algo. E no vai e vem pela internet, me deparei com um curso online de Ativismo Quântico. Matriculei- me no curso.A Física Quântica sempre me despertou a atenção! E na quinta aula do curso, a minha consciência se expandiu. O que antes para mim era praticamente adormecido, de repente acordou. O isolamento, o distanciamento das pessoas queridas, foi um divisor de águas em minha vida! Percebi que a saudade é imensa, a dor da saudade é intensa e não dá mais para segurar. Explode coração! E o que deu início em 14/05/2019 vai ter continuidade em   14/05/2020. Não há mais volta. Eu agora estou pronta!”, concluiu Ana Maria.

Por Luiza Miranda – Escritora e colunista.

Matéria publicada em 31 de maio de 2020, no Blog Etiquetagem:
https://bit.ly/2RJG8Wu

Saiba mais sobre a arte de Ana Maria Guimarães:https://anaguimaraesartist.wixsite.com/artesplasticas

Fotos: Anna Castelo Branco e Simone Von Randon

Ana Maria Guimarães é membro do Libertas Coletivo de Artes
Ana Maria, em seu vernissage, com Dr Ruy Ribeiro Vianna e a filha, Marcela de Hollanda Vianna.
Com o jornalista e escritor, Rogério Zola Santiago, grande incentivador e promotor da artista, no vernissage da exposição de Miguel Gontijo, no Vallourec/Betim
Entre seu professor de arte, Maneco Araújo e Andreia, no vernissage de Ana Maria, na P.S. Galeria
Glauco Moraes, artista plástico e professor de artes de Ana Maria
Com o amigo Farid Aoun, Manager na empresa Studio Farid
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